EXCELÊNCIA EM REABILITAÇÃO VISUAL COM LENTES DE CONTATO ESPECIAIS

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domingo, 7 de julho de 2013

Ceratocone e Lentes de Contato - Revisões de Rotina

O sucesso de uma clínica especializada na reabilitação visual de pacientes com ceratocone, entre outras patologias, com o uso de lentes de contato especiais mede-se em parte pelo volume de pacientes desta natureza e pela resolução de casos de alta complexidade nos quais alguns pacientes já estiveram em diversos especialistas sem obter um resultado satisfatório. É comum os pacientes relatarem consultas com outros especialistas que tentaram adaptar lentes sem resultado ou que foram sugeridos a eles alternativas cirúrgicas para o ceratocone.

As alternativas cirúrgicas que os pacientes buscam visam, na imensa maioria dos casos, uma solução final para o ceratocone. Alguns pacientes são beneficiados com cirurgias como a do implante de anel ou transplante de córnea por exemplo, mas não é a regra infelizmente. Embora a fé, o pensamento positivo e especialmente a confiança que pacientes e familiares tem no cirurgião, grande parte dos casos terão ainda que utilizar algum meio de correção óptica para o restabelecimento da acuidade visual. Normalmente as lentes RGPs especiais irão ter importante papel nestes casos e as lentes esclerais também são outra alternativa interessante. O que leva estes pacientes a procurarem alternativas cirúrgicas que não garantem uma acuidade visual como a que as lentes especiais proporcionam é justamente a dificuldade com as diferentes lentes disponíveis. Isso torna-se ainda pior se as expectativas do paciente e por consequência de seus familiares não são atingidas. Quando são atingidas é ótimo, quando não são... 


Fig.1: Lente Ultracone - Excelência no ceratocone (Cortesia IOSB). 


Os pacientes de ceratocone geralmente tem em seu histórico uma luta travada com lentes de contato rígidas que muitas vezes irritaram, machucaram ou simplesmente não se adaptaram. O interessante é que estes tiveram, e ainda tem, experiências frustrantes com lentes de má qualidade e/ou incorretamente adaptadas e esperam por uma solução que lhes proporcione um fim para esta luta, uma solução que elimine o problema e remova a dependência do uso de lentes de contato. Estes pacientes são os melhores pacientes, costumo comentar com os oftalmologistas amigos e credenciados na Ultralentes, fabricante das lentes Ultracone, Ultraflat e Scleral Bastos. Quando apresentados a estas lentes descobrem um mundo novo onde o conforto e a possibilidade de adaptarem-se as tão temidas lentes rígidas (RGPs) se tornam uma realidade viável.


A importância das Revisões de Rotina

As revisões de rotina servem para que o especialista possa ter um controle sobre a adaptação das lentes e sobre o estado atualizado da relação lente-córnea. Com elas as chances de se observar uma possível complicação futura e evitar que o paciente tenha que ser tratado e suspenda a utilização das lentes enquanto estiver tratando. As revisões de rotina são revisões preventivas e evitam a necessidade de revisões corretivas nas quais algum problema possa estar em curso. A prevenção sempre é o caminho mais saudável a seguir. O ideal seria uma visita a cada seis meses, mas levando em consideração de que o paciente é devidamente instruído, está bem adaptado com lentes de alta qualidade, é razoável uma consulta de revisão anual ao menos ou no máximo a cada 18 meses. Em casos de suspeita de progressão o ideal é que este prazo não ultrapasse seis meses.
Na nossa experiência, os pacientes de ceratocone adaptados com sucesso com lentes de contato especiais dividem-se basicamente em:

  • Fazem as revisões nos períodos indicados, mesmo estando tudo bem (pelo menos uma vez ao ano);
  • Fazem revisões apenas quando tem algum problema (as vezes levam alguns anos para retornar).

Embora seja uma recomendação geralmente dada aos pacientes de que retornem a clínica para as revisões de rotina muitos pacientes no IOSB ficam tão bem adaptados as lentes que simplesmente somem por alguns anos e sempre retornam quando estão com algum problema. Eventualmente estes pacientes vem inclusive usando suas lentes e com alguma ceratite ou mesmo pequena erosão de córnea. A primeira coisa que eles desejam é que o problema seja resolvido logo, fazendo o teste de novas lentes no mesmo dia ou que não é indicado devido as alterações da córnea induzidas pela(s) lente(s) que está em uso. O ideal, conforme o caso, é instruir o paciente a ficar sem lentes por alguns dias para que a córnea possa restabelecer-se e assim o novo teste será mais preciso. Se for apenas ceratite discreta, a simples interrupção do uso por três dias já é suficiente para a regeneração do epitélio e para o retorno da córnea em seu estado topográfico natural. Já em casos de pacientes apresentando uma ceratite mais significativa ou uma erosão de córnea o recomendado é que o oftalmologista prescreva uma medicação em forma de colírio e em gel (geralmente um gel ou pomada para regeneração epitelial e um antibiótico profilático) pelo período necessário, juntamente com a suspensão total do uso de lentes, geralmente de 3 a 7 dias dependendo da severidade do caso.

Um dos grande desafios que encontramos no IOSB é o fato de que temos muitos pacientes fora de Porto Alegre e mesmo de diversos outros estados. Estes pacientes muitas vezes não dispõem de tempo para aguardar ou retornar após o tratamento e precisam ser reavaliados. Por esta razão recomendamos a estes pacientes que antes de vir consultar suspenda o uso de suas lentes por no mínimo 48 hs antes da consulta, isso facilita muito a avaliação. Aqui o paciente pode ser avaliado no local com a sua própria lente ou então  realizados novos testes e exames como a topografia de córnea ou tomografia de segmento anterior.


Excelência na Adaptação e Readaptação de Lentes Especiais

Uma das razões pelas quais os pacientes tratados no IOSB e adaptados ou readaptados com lentes especiais podem contar com longos períodos de tranquilidade é que além de serem adaptados com lentes de alta tecnologia e com métodos de última geração é que eles são bem instruídos quanto ao uso, ao cuidado e limpeza correta de suas lentes. O paciente que é bem adaptado, com lentes de alta qualidade e bem instruído quanto aos cuidados com seus olhos e suas lentes terá maior longevidade de sucesso e tranquilidade com a adaptação.

Fig.2: Padrão de Fluoresceína de uma lente Ultracone


É interessante mencionar que há casos onde os pacientes do IOSB permanecem utilizando as mesmas lentes por muitos anos, na média em torno de 2 a 3 anos, mas há casos (exceções) de pacientes utilizando as mesmas lentes RGPs por 4, 6, 8, 10 e até 12 anos (estes três últimos adaptados ainda por meu pai, Dr. Saul Bastos). Na figura 3, o estado de uma das lentes utilizada por 10 anos. O ideal é que os pacientes troquem suas lentes com uma frequência maior, garantindo assim uma qualidade de visão e conforto maior, assim como a segurança fisiológica da córnea.

Fig.3: Lente RGP Ultralentes com 10 anos de uso (cortesia IOSB).

Com que frequência deve-se trocar as lentes?

Em primeiro lugar é importante mencionar que cada caso deve ser observado individualmente. Existem pacientes que possuem uma lágrima com maior quantidade de mucina, estes tem uma maior tendência a formação de depósitos muco-proteicos na superfície da lente. Estes pacientes devem ser orientados a ter um cuidado maior na limpeza mecânica e química (solução multi-uso) de suas lentes. Com este cuidado as lentes poderão durar mais tempo, embora somente o acompanhamento poderá revelar como o paciente irá corresponder. Outra questão importante refere-se ao material utilizado na fabricação das lentes, observe que embora a lente na figura 3 esteja completamente riscada, não há uma formação evidente de depósitos mas sim a aderência de depósitos nas ranhuras causadas pelo longo tempo de uso e manuseio (limpeza, colocação, inserção, etc.).

Nos casos onde houver constatação de progressão do ceratocone, com a presença de toque central no padrão de fluoresceína, a lente deve ser imediatamente trocada devido a possibilidade de fazer lesão epitelial. O paciente deverá ser orientado a suspender o uso de suas lentes e retornar para novo exame, desta maneira tem-se uma atualização segura do estado da córnea e controle sobre a adaptação. Outra situação é a constatação de que há presença de imperfeições na lente, um trincado, borda com pequena quebra, etc. pois estas lentes poderão machucar a córnea do paciente.    

Procure sempre programar suas revisões de adaptação com antecedência, marque a consulta de revisão e imediatamente coloque em sua agenda, no celular, smart-phone ou um lembrete no espelho/geladeira, mas não esqueça de ir. As chances de complicações do uso de lentes decaem sensivelmente se você tiver o cuidado de seguir as orientações do seu especialista e se fizer as revisões com a frequência necessária.

Para concluir, uma frase célebre de meu pai: 

"Nós nunca estragamos os olhos de nenhum paciente."
Dr. Saul Bastos - In Memoriam



Luciano Bastos
Diretor & Instrutor Clínico de LC Especiais


quinta-feira, 4 de abril de 2013

45 anos de estudo, pesquisa e desenvolvimento



O início...



O IOSB completa este ano 45 anos que o seu saudoso fundador iniciou os estudos sobre adaptação de lentes de contato. Por cerca de 1968, o Dr. Saul Bastos iniciou seu aprendizado com lentes de contato, na época as lentes rígidas, também chamadas duras, eram feitas de acrílico e não tinham permeabilidade ao oxigênio. A genialidade do Dr. Saul e de nosso mestre (também fui seu aluno e pupilo) Joseph W. Soper, nosso saudoso mentor, foi a de criar um desenho de lente que proporcionasse uma excelente troca lacrimal, criando assim a oportunidade do paciente poder utilizar suas lentes por períodos próximos a 8, 10 e eventualmente 12 horas. Tudo isso baseado apenas no princípio da oxigenação através da lágrima como meio de transporte do oxigênio.

Naquela época as lentes eram feitas por diferentes fabricantes, e depois modificadas no consultório por meu pai e posteriormente por mim também, utilizando equipamentos e ferramentas próprias para aprimorar o desenho e o acabamento das lentes duras. O trabalho praticamente artesanal e de grande precisão de modificar as lentes foi uma escola para criar desenhos de lentes novos, melhorados onde o conforto, a visão e a saúde fisiológica da córnea eram (e continuam sendo) o principal objetivo. Isso tem nome e se chama excelência.


Na Busca da Excelência...



Por volta de 1986, meu pai e eu fundamos a Ultralentes, um laboratório que foi criado para fabricar as lentes já com desenhos mais modernos e avançados. Nesta época já trabalhávamos com a primeira geração de lentes gás permeáveis, as lentes siliconadas. Logo em seguida surgiram as lentes flurosiliconadas e outras combinações de polímeros de diferentes fabricantes nos EUA e Inglaterra que eram nossos fornecedores de matéria-prima. As lentes desde então tiveram uma radical melhora de desempenho, não somente pelos materiais mais sofisticados e delicados mas também pelo contínuo aprimoramento técnico do processo de fabricação de lentes especiais e dos desenhos de lentes. Eu me transformei em um projetista e criador de novos desenhos de lentes, como a lente Ultracone (desenvolvida por mim e por meu pai), depois surgiram a Ultracone PCR (Pós-Implante de anel), a Ultracone Advance, a Ultracone Extreme para casos de ceratocone extremo (casos já com indicação de transplante de córnea), a Ultracone Nipple para cones centrais e pequenos, a lente Ultraflat para casos pós-cirúrgicos (transplantados e sequelas de cirurgias refrativas) e mais recentemente as lentes esclerais Scleral Bastos SB (o nome foi uma homenagem a meu pai) as quais também fomos pioneiros no Brasil. Com certeza meu pai está orgulhoso de tudo que estamos fazendo, e com certeza a sua determinação, o exemplo de pessoa que ele foi é motivo de inspiração e de modelo para moldar a minha conduta, atitude e projetar estes resultados que estamos obtendo hoje. Sem meu pai nada disso existiria.


Contemporâneo...



Atualmente, o IOSB é uma referência internacional na reabilitação visual de pacientes portadores de necessidades especiais em lentes de contato especiais para poderem ter de volta a tranquilidade, a capacidade de exercer suas profissões e com uma qualidade de vida muito melhor. É possível proporcionar visão satisfatória em muitos casos, com conforto e preservando sempre a saúde fisiológica corneana. Todos os meses o IOSB recebe semanalmente pacientes de diversos estados do Brasil, inclusive do norte-nordeste, para ter a possibilidade de uma luz no fim do túnel. São pacientes que muitas vezes estiveram já com até 10 especialistas, tentaram adaptação com várias lentes, dias de tentativas e a perseverança de lidar com a esperança e a frustração, até chegar aqui. A equipe de oftalmologistas do IOSB, eu e os demais colaboradores estamos sempre a disposição de quem nos procura. Basta entrar em contato e agendar, se possível pode adiantar o seu caso enviando exames e/ou relato ou resumo do caso para estudarmos previamente, especialmente para aqueles que vem de outros estados ou do exterior.


A luz no fim do túnel...



Faz parte de nossa missão ajudar, fazer o que for possível para que estas pessoas possam ter o seu problema resolvido, que possam com a adaptação de lentes especiais, as vezes absolutamente personalizadas, e conseguirem enfim ter bons resultados. É interessante aprender a lidar com estes pacientes, eles costumam vir já com "um pé atrás" ou seja, já vem desconfiados que irá ser mais uma tentativa frustrada e uma decepção. Infelizmente essa é uma realidade para milhares de pacientes que tem necessidade de adaptação de lentes RGPs especiais.



"A consultoria proporcionada aos oftalmologistas credenciados 

na Ultralentes tem também importante papel na resolução 

de casos de maior complexidade." Luciano Bastos





Felizmente existem outros especialistas que adaptam as lentes que desenvolvemos, e eles ajudam a muitos outros pacientes com características semelhantes. Estes oftalmologistas são em sua maioria os que tem maior experiência e melhores resultados na adaptação de lentes especiais. A Ultralentes, a partir de 1990 dedicou-se disponibilizar a outros especialistas no Brasil as lentes desenvolvidas por nós. As vezes o médico mesmo sendo credenciado na Ultralentes não dispõe de toda a linha de lentes que hoje está mais extensa mas considerando que a maior parte dos casos é resolvida com a lente Ultracone são grandes as chances de uma boa adaptação. Claro que sempre há pessoas que não entendem, não acreditam ou pensam que essa lente é igual as outras, até mesmo médicos. Pois este é um problema... deles. Eles não sabem nem diferenciar uma lente boa de uma com excelência, ou melhor, nem conhecem a excelência. Atualmente se um oftalmologista disser que a lente Ultracone ou nossas esclerais são iguais as outras ou que não conhecem é extremamente recomendado ter outras opiniões de outros especialistas.

Nestes 45 anos que somamos estudando, dedicando-nos a fazer da excelência a nossa filosofia para resolver os mais complexos casos, o que procuramos é fazer com que o paciente que procura uma luz no fim-do-túnel encontre esta luz e que, principalmente, esta luz não seja um trem vindo na sua direção.


Scleral Bastos - Excelência em lentes esclerais


É importante mencionar que atualmente a Ultralentes e o IOSB colaboram em projetos de pesquisa e desenvolvimento de lentes de contato em alguns hospitais públicos e privados, em universidades no Brasil e no exterior. Essa colaboração é em tecnologia, colaborando para estudos e especialmente para proporcionar a cada vez mais pacientes uma oportunidade de ver que deve haver esperança, que é possível conseguir adaptar-se a boas lentes com conforto, a melhor visão possível de se obter e principalmente mantendo a saúde fisiológica ocular. 


O futuro...


Embora seja notável o avanço da medicina e dos procedimentos cirúrgicos na área da oftalmologia, em especial para o ceratocone, a adaptação de lentes especiais continuará sendo por mais duas décadas pelo menos o meio mais importante de restaurar a visão para os pacientes com baixa visão devido ao ceratocone e também aos transplantados os quais a visão não ficou satisfatória. Dentre todos os métodos de tratamento do ceratocone e de córneas irregulares em geral, a adaptação de lentes de contato como forma de reabilitação visual e leia-se aí melhor da visão e com isso melhora na qualidade de vida dos pacientes é e ainda será por um bom tempo a melhor forma de atingir este objetivo. Com esta realidade pela frente cabe a nós dedicarmo-nos ainda mais para que mais pacientes possam beneficiar-se do trabalho maravilhoso que estamos fazendo. Temos o projeto de proporcionar mais acesso e facilidades aos pacientes de todo o Brasil e em breve no exterior de ter a possibilidade ao menos de experimentar essa tecnologia.

Luciano Bastos
Diretor & Instrutor Clínico de LC Especiais - IOSB

segunda-feira, 30 de julho de 2012

1° Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais




 Nos dias 14 e 15 de Dezembro de 2012 será realizado em Porto Alegre, RS o Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais. O curso reunirá alguns dos mais experientes oftalmologistas na adaptação de lentes especiais em córneas irregulares e casos de alta complexidade, incluindo entre os temas as novas lentes esclerais,  lentes semiesclerais, lentes RGPs especiais, correção óptica em córneas irregulares, utilização terapêutica de lentes esclerais em olho seco e doenças que afetam a superfície ocular, correção da presbiopia com lentes RGPs multifocais, entre outros assuntos como adaptações especiais pós-transplante de córnea, pós-implante de anel, pós-cirurgia refrativa, etc. Esta iniciativa tem o apoio da Sociedade Riograndense de Oftalmologia (SORIGS) e da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (SOBLEC).

O curso Avançado Saul Bastos terá sessões de palestras seguidas de discussão entre os debatedores e com participação da platéia  (perguntas, comentários) de oftalmologistas ao término de cada sessão. É um curso com uma proposta diferente, de mostrar so casos complexos e explicar como foram resolvidos e como se pode resolver casos semelhantes com a tecnologia apropriada. O curso têm a finalidade de transferência de habilidades e de conhecimento para que os oftalmologistas participantes, já iniciados na adaptação de lentes RGPs, possam ir mais além quando casos mais desafiadores aparecem no seu consultório resolvendo-os com maior eficiência e com melhores resultados. Muitas novidades estão sendo planejadas para esta primeira edição, com uma proposta inovadora e de iniciativa pioneira. Será o primeiro curso voltado estritamente a adaptações de lentes em casos de alta complexidade.


Lente Escleral de diâmetro 18.5 mm. adaptada em caso pós-RK, AV 20/20, 
excelente conforto e saúde fisiológica ocular com troca lacrimal. Cortesia IOSB


Estamos confiantes pela excelente receptividade que este evento está tendo por parte dos oftalmologistas, em breve iremos colocar o website do curso no ar com o programa preliminar que já está bem adiantado, os palestrantes e demais informações pertinentes como inscrições e hospedagem em Porto Alegre. Os palestrantes estão todos confirmados e já há manifestção de interesse em participar por parte de alguns oftalmologistas que já souberam do curso através da Ultralentes que está patrocinando o evento e do IOSB.

Embora existam congressos, simpósios e outros cursos de lentes de contato no calendário oftalmológico nacional, esta inciativa é pioneira por concentrar as aulas em casos de alta complexidade como o ceratocone desde o inicial até os mais extremos, o ceratocone pós-implante de anel, pós-crosslinking (CXL) e pós-transplante de córnea. Outros assuntos que serão abordados são a adaptação de lentes em casos de Deneração Marginal Pelúcida, casos pós-cirurgia refrativa, pós-trauma e ainda o tema contemporâneo das lentes de contato esclerais que são úteis na adaptação em pacientes intolerantes a lentes RGPs, casos de córneas extremamente irregulares e também na utilização terapêutica pois as lentes esclerais são uma ótima alternativa para a síndrome de olho seco, síndrome de Sögren, Síndrome de Stevens Johsnon e uma série de patologias que afetam a superfície ocular.

Os pacientes podem ajudar a si mesmos conversando com seus oftalmologistas e comentando sobre o curso, pois todos poderão beneficiar-se desta oportunidade única de trocar experiências, aprender mais e discutir casos específicos com alguns dos mais experientes especialistas do Brasil. Esperamos em breve estar com o website do curso já online, mas por enquanto quem estiver interessado poderá visitar a página do curso no Facebook e enviar uma mensagem ou pode enviar email diretamente para contato@cursosaulbastos.com.br e solicitar que seu nome seja incluido no mailing que eventualmente será distribuido aos interessados.

Aqueles oftalmologistas que quiserem aproveitar a vida ao Rio Grande do Sul para após o curso conhecer Gramado e Canela na época do Natal Luz, terá a disposição a empresa Official Turismo que irá organizar transporte e hospedagem.Será um prazer receber aos oftalmologistas que já tem na sua prática diária a adaptação de lentes de contato especiais, será uma excelente oportunidade de aprender novas técnicas e macetes para aprimorar a arte da adaptação de lentes de contato especiais em casos desafiadores.

O website www.cursoavancado.com.br está disponível com informações detalhadas sobre o evento.

Luciano Bastos
Organizador
Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais

segunda-feira, 19 de março de 2012

Simpósio Global de Lentes de Contato Especiais - Las Vegas 2012

Recentemente estive em viagem aos Estados Unidos para o Global Specialty Lens Simposium (GSLS) e também para o Congresso Internacional da Contact Lens Association of Ophthalmologists (CLAO) ambos realizados na fantástica cidade de Las vegas, Nevada - EUA. Foram dois excelentes encontros científicos onde pude encontrar amigos da área de lentes especiais de diferentes países, incluindo EUA, Inglaterra, Holanda, Alemanda, Suiça e Australia.

Esq. p/ dir.:  Henny M. Otten (HOL) , Eef Van Der Worp (HOL), Luciano Bastos (BRA) e Edward Bennet (EUA)

Um dos assuntos mais exaustivamente aboardados foram as novas e modernas lentes esclerais e suas indicações como correção óptica em córneas irregulares e como tratamento terapêutico de uma série de distrofias corneanas. Estas lentes tem sido de grande benefício para a adaptação de casos de alta complexidade como casos de ceratocone e outras irregularidades da córnea assim como para tratamento terapêutico de diversas patologias que afetam a córnea como síndrome de olho seco entre outras. Grande parte das possibilidades de utilização desta tecnologia ainda está sendo descoberta pelos especialistas.

Foi uma excelente oportunidade de discutir casos e trocar informações com importantes cientistas na área da tecnologia em lentes especiais. Embora a idéia de ir a um evento científico deste porte é basicamente para aprender mais sobre o assunto, também foi agradável verificar que nosso conhecimento e tecnologia encontra-se acima da média em termos internacionais. De toda a maneira é importante ressaltar que sempre há novas técnicas e detalhes para serem aprendidos portanto a humildade de querer aprender e de passar conhecimento em troca faz com que o nível científico geral seja elevado. Com toda a certeza aprendi muito nesta oportunidade e fortaleci outros pontos conhecidos com enfoque sob outros ângulos.   

O fato de ter iniciado os estudos destas lentes no início da década por volta de 2001, e de ter desenvolvido um planejamento junto a equipe da Ultralentes possibilitou que em 2007 estivessemos com as primeiras lentes esclerais sendo fabricadas somente para fins de estudo do desenho e métodos de fabricação. Em Julho de 2008 finalmente iniciou-se os testes clínicos em pacientes selecionados no Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB). No ano seguinte, o acompanhamento de aproximadamente 15 pacientes demosntrou a eficácia das lentes esclerais e semiesclerais em garantir além de uma ótima acuidade visual e conforto, a saúde fisiológica da córnea e dos tecidos adjacentes. Finalmente no dia 30 de Julho de 2009 a Ultralentes lançou oficialmente as lentes semiesclerais Ultracone SSB e Ultraflat SSB e as esclerais Ultracone SB e Ultraflat SB.

Hoje com uma casuística consideravelmente alta em lentes esclerais, o IOSB é seguramente uma das clínicas mais bem preparadas no mundo para este tipo de adaptação. A Ultralentes tem importante papel nesse processo pois foi ela que de forma pioneira iniciou o estudo e o desenvolvimento de um desenho ultramoderno de lentes esclerais que permitem uma adequada oxigenação e troca lacrimal, fator crucial para a garantia da saúde fisiológica da córnea. O desenho é inteiramente desenvolvido pela nossa equipe, a qual eu sinto-me honrado em liderar. A Ultralentes desenvolve a sua tecnologia com conhecimento científico próprio e utiliza soluções já desenvolvidos por outros fabricantes. Um de nossos métodos de controle dos estudos clínicos foi justamente a aplicação de controles e de testes chamados duplo-cego cruzado como forma de comparação com os desenhos que temos desenvolvidos comparados com desenhos de lentes de fabricantes americanos e europeus. Nossa meta tem sido ao longo de toda a nossa história não de fazer apenas lentes de boa qualidade mas as mais avançadas e melhores lentes disponíveis, tudo para que os pacientes que tiverem a oportunidade de serem adaptados com elas tenham a melhor experiência possível e resultados além de suas expectativas.

A busca pela excelência que norteia nossa equipe tanto no IOSB como na Ultralentes tem sempre o foco de oferecer ao paciente, o usuário final, as melhores lentes de contato especiais para a reabilitação visual e tratamento terapêutico. Os oftalmologistas credenciados e certificados na Ultralentes também tem importante papel neste processo pois é através deles que muitos destes pacientes serão beneficiados com esta tecnologia. Todo o nosso trabalho é dedicado a memória de meu pai, Dr. Saul Bastos e a seus pacientes e aos novos pacientes que contam com a nossa capacidade de sobrepor dificuldades e desenvolver soluções para suas necessidades visuais. 

Luciano Bastos
Diretor & Instrutor Clínico de LC Especiais
Insituto de Olhos Dr. Saul Bastos

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Blog RGP Ultralentes: Como cuidar da sua lente rígida RGP Ultracone...

Blog RGP Ultralentes: Como cuidar da sua lente rígida RGP Ultracone...: ...e demais lentes RGPs fabricadas pela Ultralentes. Introdução Uma dúvida muito comum entre usuários de lentes de contato rígidas (Rígid...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

As novas Lentes de Contato Esclerais

Um breve histórico


Apesar do conceito de lentes esclerais ser antigo e nos reportar ao século 19, quando foram inicialmente desenvolvidas como as primeiras lentes de contato, foi no final do século 20 que elas começaram a ser feitas em materiais mais modernos e sofisticados, permitindo seu uso por um número de horas maior. A versão antiga não possibilitava uma boa oxigenação da córnea e por causar hipoxia corneana levava ao edema de córnea, limitando seu uso para algo em torno de 4 a 6 horas.
Com o advento dos novos materiais de altíssima oxigenação e com desenhos mais modernos, atualmente as lentes esclerais e semiesclerais proporcionam um número de horas de uso bem maior, possibilitando aos pacientes o uso por mais de 12 horas contínuas. Em alguns casos mesmo com estes materiais de alta oxigenação se as lentes não possibilitarem uma adequada troca lacrimal os mesmos problemas referentes à hipoxia corneana poderão ser observados.

As lentes Esclerais SB e Semiesclerais SSB

Neste sentido a Ultralentes desenvolveu de forma pioneira as lentes semiesclerais SSB e as lentes esclerais SB com uma tecnologia chamada Spline Wave Technology que possibilita a troca lacrimal necessária para que o fluído entre a lente e a córnea possa ser adequadamente renovado e assim garantir uma hidratação e oxigenação adequadas mantendo a saúde fisiológica corneana.  O lançamento oficial disponibilizou estas lentes aos oftalmologistas credenciados e certificados na Ultralentes foi em 30 de Julho de 2009. Naturalmente que o alto valor das lentes de teste e o aprendizado necessário para esta diferente técnica de adaptação faz com que estas lentes demorem até ampliar sua disponibilidade mas aos poucos ela estará disponível junto aos mais experientes e dedicados especialistas credenciados que devem certificar-se para estas adaptações.



Paciente com ceratocone pós-implante de anel intraestromal
adaptado com a lente Ultracone SSB. Cortesia IOSB



O conceito da adaptação das lentes esclerais basicamente é manter a lente totalmente afastada da córnea e do limbo sem qualquer toque, com uma zona chamada háptica que perifericamente repousa suavemente sobre a esclera. Ao colocar a lente o paciente deve preencher a lente com um fluido, uma solução salina sem preservativos (conservantes) para evitar a toxicidade presente nos conservantes o que à longo prazo pode gerar complicações para o paciente.

Indicações das Lentes Esclerais e Semiesclerais
As principais indicações para a adaptação das lentes esclerais são muitas, desde córneas irregulares como ceratocone, ceratocone pós-implante de anel, ceratoglobo, degeneração marginal pelúcida, pós-transplante de córnea, pós-cirurgias refrativas e pós-trauma. Além da utilização como meio de correção visual para casos de alta complexidade estas lentes possibilitam o uso terapêutico em uma série de patologias que afetam a superfície ocular.

Lente Ultraflat Semi-Scleral Bastos (SSB) adaptada em
caso de pós-transplante de córnea. Cortesia IOSB


Uma indicação terapêutica muito comum é a síndrome de olho seco, apesar de ainda não ser popular como se trata de uma tecnologia que é novidade para estas pessoas, a lente escleral possibilita ao paciente que sofre com olho seco livrar-se da necessidade de instilar colírios lubrificantes e ficar dependente dos mesmos. O fluido sem conservantes mantido entre a lente e a córnea garante a hidratação permanente da córnea resolvendo este problema com grande eficiência, segurança e conforto.

Pacientes com Síndrome de Sögren, Síndrome de Stevens Johnson e outras patologias que afetam a mucosa ocular podem beneficiar-se imensamente do uso destas lentes. Caso estes pacientes tenham alguma necessidade de correção visual as lentes poderão igualmente proporcionar a correção necessária para uma acuidade visual de alta qualidade.
Outra indicação importante destas lentes esclerais é a sua utilização em pacientes com intolerância absoluta a lentes de contato RGPs (rígidas), estes são beneficiados pelo extremo conforto que as lentes esclerais proporcionam. Além de uma hidratação constante da córnea estas lentes não tocam as áreas sensíveis da córnea e do limbo provendo total afastamento. Os pacientes com astigmatismos e ametropias elevadas podem obter uma ótima correção visual bem melhor do que a proporcionada pelas lentes gelatinosas.

Os pacientes que eram ou são usuários de lentes hidrofílicas gelatinosas ou descartáveis e que desenvolveram intolerância alérgica com o tempo (costumam apresentar olhos vermelhos e sensação de irritação ocular também são bons candidatos ás lentes esclerais. Os pacientes que são usuários de lentes rígidas e que sempre tiveram boa adaptação mas, que por uma menor produção de lágrimas estejam passando por dificuldades para usarem suas lentes também são ótimos candidatos ao uso das lentes semiesclerais e esclerais pois quando a lente é colocada nos olhos ela é preenchida em sua totalidade por um fluido sem conservantes que promove o bem-estar geral e a manutenção do equilíbrio fisiológico da córnea, proporcionando muito conforto e a ótima visão que somente as lentes rígidas proporcionam.


A experiência no IOSB

Nossa experiência no Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB) começou em 2007 quando os primeiros pacientes foram adaptados com as novas lentes semiesclerais fabricadas por laboratórios americanos, desde então a Ultralentes passou a fazer protótipos para comparação e em 2008 as lentes esclerais e semiesclerais foram testadas nos pacientes já usuários das lentes importadas bem como novos pacientes foram analisados utilizando-se a técnica do teste duplo cego cruzado para uma comparação sem influência sobre os resultados apresentados. Para nossa surpresa, os resultados foram excelentes desde o início e pudemos compreender que nosso conhecimento e tecnologia em lentes de contato RGPs corneanas de alta qualidade e tecnologia, tiveram importante papel para que pudéssemos desenvolver os desenhos de lentes RGPs semiesclerais e logo em seguida lentes esclerais  com alta qualidade e tecnologia. Abaixo um vídeo comparativo de adaptação da lente RGP corneana Ultracone Extreme e da Ultracone SSB.



Vídeo comparativo entre a lente Ultracone Extreme e da Ultracone SSB
em um caso de ceratocone muito avançado. Cortesia IOSB.


Hoje o IOSB possui uma casuística de mais de cerca de 250 casos de adaptação destas lentes e o mais interessante é que sem complicações significativas. Os únicos casos que houve a necessidade de modificar a lente para uma melhor adaptação foram de um paciente apresentava sensação demasiada da lente sob a pálpebra superior, nós alteramos um pouco o desenho e afinamos a porção superior da lente de maneira que o problema foi resolvido. Outro paciente apresentou início de edema de córnea e bastou uma modificação no desenho da lente com a incorporação da tecnologia ‘Spline Wave Technology’ para que o problema fosse resolvido adequadamente.

Colocando e retirando lentes esclerais
A maior dificuldade encontrada por alguns pacientes é aprender a colocar suas lentes o que não é uma tarefa difícil levando-se em conta que é necessário em primeiro lugar um treinamento adequado do paciente, orientação e da parte do paciente a disposição e a determinação em aprender. Depois de dominada a técnica de inserir a lente que deve ser feita de baixo para cima, o paciente não têm mais dificuldades em colocar a lente e o faz de forma muito tranqüila. O paciente deve ser orientado a observar se após colocar cada lente se não há presença de bolha ou bolhas o que é contra-indicado, não pode haver bolha de ar entre a lente e o olho.

Para retirar a lente escleral o paciente utiliza uma ventosa própria para lentes de contato que produz um efeito de pressão negativa e gruda na lente. Para as lentes semiesclerais SSB de diâmetros entre 14.5 mm. e 17.5 mm. indicamos o uso das ventosas de lentes rígidas DMV Ultra que servem perfeitamente para retirar a lente, no caso de lentes de diâmetros maiores como as lentes esclerais de diâmetros acima de 18 mm nós recomendamos a utilização da Scleral Cup Ultra pois esta possui maior poder de sucção e fica mais firme na hora de retirar uma lente de maior tamanho. Nunca deve ser utilizado  o centro da lente como apoio para pressionar a ventosa e sim sempre uma área periférica geralmente próxima da pálpebra inferior, nesta posição a lente pode ser retirada delicadamente sem necessidade de forçar, o que pode ser desconfortável para o paciente.
A adaptação de lentes esclerais e semiesclerais feita no IOSB nos últimos quatro anos tem mostrado que a técnica proporciona excelentes resultados, pode-se dizer que a adaptação destas lentes tem indicação segura em qualquer caso desde que a córnea esteja saudável e a microscopia especular indique uma contagem de células endoteliais dentro da normalidade.


Controle sobre a adaptação

O controle inicial das adaptações deve ser feito desde o início do processo para que de tempos em tempos possa ser analisado o caso, especialmente se o equilíbrio fisiológico corneano está sendo mantido. O fato de termos estudado o assunto exaustivamente nos últimos nove anos (desde 2003) foi decisivo para que pudéssemos desenvolver desenhos de lentes esclerais e semiesclerais de última geração, são desenhos modernos com uma tecnologia própria e que possui diferenciais únicos, propriedade industrial da Ultralentes.

Após testar diferentes modelos e marcas de lentes é possível identificar os diferenciais tecnológicos obtidos tanto com as lentes Ultracone SB e Ultracone Thruster SSB como o modelo de lentes Ultraflat SB e Ultraflat SSB. A diferença entre a SSB e a SB está basicamente nos diâmetros, a Semi-Scleral Bastos (SSB) pode ter de 14.5 a 17.5 mm. e a Scleral Bastos pode ter diâmetros de 18 a 21.5 mm. Os materiais utilizados são de três fabricantes diferentes que produzem matéria-prima de lentes gás permeáveis de alta tecnologia com altíssima oxigenação.

O futuro da adaptação de lentes de contato
O futuro da adaptação de lentes de contato passará inevitavelmente pelas novas lentes semiesclerais e esclerais mas será necessário muito estudo e preparo por parte dos especialistas por se tratar de uma técnica completamente diferente da aplicada para as lentes RGPs corneanas. Embora curva-base e diâmetros possam ser trabalhados de maneira a obter a melhor adaptação será necessário compreender como obter uma boa adaptação escleral onde a zona háptica da lente deve repousar suavemente sobre a conjuntiva que recobre a esclera sem causar pressão sobre os vasos para-límbicos e ao mesmo tempo evitar o “seal-off” que pode gerar uma hipoxia tardia e complicações na adaptação.

Esta “nova” técnica de adaptação é extremamente promissora, entretanto prevejo que muitos especialistas terão casos de pacientes com algum tipo de complicação. Neste momento a orientação técnica, o suporte e a consultoria especializada são de fundamental importância para o sucesso.
As lentes esclerais e semiesclerais podem substituir em muitos casos a adaptação de lentes de contato gelatinosas e descartáveis pelo conforto que proporcionam ao paciente e especialmente por serem mais seguras e proporcionarem uma acuidade visual de melhor qualidade. Embora seu custo seja maior são lentes que bem cuidades podem ter uma vida útil de mais de três anos. Por este motivo é importante recomendar expressamente ao paciente que faça revisões freqüentes no início da adaptação e de ao menos uma vez a cada 12 meses no decorrer da adaptação bem sucedida. O controle representa uma parte importante do processo e deve visar unicamente a segurança e o bem estar do paciente.
Um 2012 melhor para todos, com saúde paz, prosperidade mas principalmente com boa visão, conforto e segurança.
Luciano Bastos

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Eventos Oftalmológicos em 2011

Este ano de 2011 começou movimentado já em Fevereiro com o evento da SIMASP em São Paulo no Hotel Maksoud Plaza. O evento da SIMASP deste ano foi muito produtivo com várias palestras de alta qualidade e com grande valor científico. Foi uma grande alegria ter participado deste evento e encontrar os amigos de muito tempo, trocar idéias e aprender. No ano que vem espero levar toda nossa equipe de oftalmologistas do IOSB para prestigiar o evento.

Luciano Bastos, Dr. Ari de Souza Pena e Dra. Cleusa Coral Ghanem em visita a nova sede da J&J Medical Inovation Institute,
amplo e moderno local de treinamento para oftalmologistas com padrão de primeiro mundo, durante o evento da SIMASP.


O evento teve um alto conteúdo científico e abordou temas de grande interesse como as diferentes opções de tratamento do ceratocone desde os métodos cirúrgicos até a adaptação de lentes de contato especiais, assunto que foi tratado em profundidade pelos ilustres palestrantes. Recomendo que marquem em suas agendas já para Fevereiro de 2012, a cada ano este evento prima por uma qualidade cada vez maior e se tornou um evento de grande importância no calendário da oftalmologia nacional.


V Congresso Brasileiro da SOBLEC &
Global Meeting of Contact Lens, Cornea and Refractometry
Curitiba, 15, 16 e 17 de Abril

Em Maio deste ano tivemos a oportunidade de prestigiar o V Congresso Brasileiro da SOBLEC em Curitiba, junto ao Centro de Convenções Estação. O local muito bom para a realização de eventos de médio-grande porte, com uma infra-estrutura excelente e ligado ao shopping Estação.

Foi uma grande honra receber o convite da Dra. Tânia Schaeffer para participar como discutidor na sessão de 'New Treatment Options for Keratoconus'. Ainda mais que um dos palestrantes foi o orientador e amigo Dr. Perry Rosenthal, MD Phd da Boston Foundation for Sight e professor de oftalmologia da Harvard Medical School. Meu pai foi aluno do Dr. Rosenthal nos anos 70 e este tem sido um grande amigo nosso desde então.


Dr. Ari de Souza Pena (RJ) e Luciano Bastos (RS)

A SOBLEC está de parabéns pela qualidade científica do evento, da organização e isso refletiu na grande presença de especialistas de todo o Brasil e do exterior. Tenho um carinho muito especial pela SOBLEC pelo fato de praticamente ter visto ela ser criada e especialmente pelo fato de meu pai ter sido juntamente com ilustres amigos um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refractometria. Eu tive a oportunidade de contribuir tecnicamente em outros eventos da SOBLEC no passado e sempre estarei a disposição para colaborar. Espero que os esforços imprimidos nos últimos anos pela atual diretoria sejam apenas o começo de uma nova e próspera fase.


Luciano Bastos na discussão com o Dr. Perry Rosenthal (EUA).

A maior alegria contudo foi encontrar velhos amigos, como o Dr. Ari Pena, um grande e eterno amigo nosso. Ele e meu pai tratavam um ao outro como irmãos, e levo adiante essa tradição. Fico muito feliz de estarmos em contato, é sempre muito agradável e a lembrança da relação que ele e meu pai tinham me faz muito bem. O Dr. Jose Guilherme Pecego (RJ) Dr. Cesar Lipener (UNIFESP), Dr. Cléber Godinho (MG), Dr. Marcelo Vicente Sobrinho (SP), Dras. Sally Moreira e Luciane Moreira (PR), Dra. Cleusa Coral Ghanem (SC), Dr. Paulo Ricardo de Oliveira, Dra. Tânia Schaeffer Presidente da SOBLEC - PR), Dr. Telêmaco Boldrin, Dr. Renato Ambrósio (RJ), Dr. Paulo Schor (SP) entre outros.  

Também tive a oportunidade de encontrar os amigos do Hospital Banco de Olhos de Sorocaba, desde os especialistas do setor de lentes de contato, Dra. Leila Marciano Pinto e o Dr. Maurício Schirmer e a Dra. Luciane Barbosa de Souza do setor de córnea.


 Luciano Bastos (IOSB/Ultralentes), Dra. Leila Marciano Pinto
e Dr. Maurício Schirmer (HOSBOS) em Curitiba (Abril de 2011) 


É muita gente para lembrar, mas em especial os amigos Dr. Brunno Dantas e Dr. Eduardo Cukiermann do Rio de Janeiro. Esta nova geração tem uma responsabilidade muito grande para o futuro da adaptação de lentes de contato especiais e o excelente trabalho que ambos vem fazendo mostra claramente que eles estão no caminho certo.




Dr. Brunno Dantas (RJ) e Luciano Bastos (IOSB/Ultralentes)


 Dr. Eduardo Cukiermann e Luciano Bastos na confraternização do evento. 

Em Maio deste ano, posteriormente ao evento da SOBLEC ainda tive a oportunidade de colaborar cientificamente pela segunda vez no Curso Avançado de Lentes de Contato da PUC-Rio a convite do Dr. Brunno Dantas e Dr. Eduardo Cukiermnann. Eu agradeço o carinho, a alegria e a recepção com que fui recebido por todos os amigos nestes eventos, pelos alunos do curso da PUC-Rio. Para mim é uma grande satisfação colaborar e prestigiar os eventos científicos junto com nossa equipe do IOSB.

A adaptação de lentes de contato especiais é uma atividade que tem que ser exercida dentro do ambiente médico para a proteção dos pacientes. Todos os esforços realizados para aprimorar a adaptação e garantir a saúde dos pacientes passam inequivocadamente pelo estudo, pelo preparo e pela dedicação de cada especialista. O oftalmologista dedicado a subespecialidade de adaptação de lentes de contato especiais tem que estar sempre atualizado, explorar novos horizontes e sempre colocar a saúde do seu paciente em primeiro lugar.


XXXVI Congresso Brasileiro de Oftalmologia 
Porto Alegre - Setembro de 2011

Em Setembro de 2011 tivemos a oportunidade após muitos anos de sediar em Porto Alegre o evento mais importante da oftalmologia Brasileira, o Congresso Brasileiro do CBO. Foi uma grande satisfação receber e encontrar os amigos, grandes especialistas e novos talentos da oftalmologia brasileira. É sempre interessante saber que há uma nova geração muito bem preparada e mostrando serviço. Nesta oportunidade tive a honra de encontar velhos amigos meus e de meu pai, todos envolvidos com a contatologia médica e com a reabilitação visual com o uso de lentes de contato especiais. Abaixo uma homanagem e estes queridos amigos.

Da direita para esquerda: Dr. Paulo Ricardo de Oliveira (GO), Dr. Ari de Souza Pena (RJ), Dr. César Lipener (SP), Dra. Cleusa Coral Ghanem (SC), Dr. Orestes Miraglia Jr.(MG), Dr. Brunno Dantas (RJ), eu (RS) e o Dr. Jose Guilherme Pecego (RJ).

Em 2012 o evento do CBO será em São Paulo e pela importância do evento e pela representatividade do estado de São Paulo deverá ser um dos eventos maiores da história da oftalmologia no Brasil com todas as subespecialidades da oftalmologia sendo abordadas e com alto grau de atualização o que nos coloca em um patamar de igualdade com a oftalmologia dos países de primeiro mundo.


Diretor do Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB)
Porto Alegre, RS